Mãe d’Água

Conheci a Mãe d’Àgua em 2007 aquando da realização de um passeio fotográfico internacional pelas ruas de Lisboa. Foi encanto imediato. O terraço com vista panorâmica sobre a cidade de Lisboa é de encher a vista e o coração mas a cisterna interior não é de menor beleza. São mais de 5000 metros cúbicos de agua, ali, entre quatro paredes…
Por toda esta beleza, pela imponência desta estrutura quase a fazer 200 anos, percebe-​se o porquê de ser uma das localizações por excelência para a realização de eventos que peçam um fundo dramático e de alguma forma introspectivo…
Um sitio a visitar, sem duvida.

Vim aqui com uma amiga num dia em que a entrada era gratuita, no âmbito de um programa cultural de Lisboa. Já queríamos ir à Mãe d’Água há algum tempo e então estavámos super ansiosas pelo acontecimento do dia! Combinamos a hora. Local: Jardim das Amoreiras.
Lá entramos nós, pelo grande jardim, se referência de qual a direcção tomar. Subimos o primeiro lance de escadas e, lá dentro, deparamo-​nos com uma sala gigantesca com um enorme reservatório de água que nunca pensámos caber ali, escondido dentro daquelas quatro paredes. Estavamos com isto entusiasmadas e prontas a começar a nossa viagem. Mal sabíamos nós que a viagem começava e acabava ali!!! Subíamos o telhado/​terraço e observámos uma privilegiada vista da cidade.
Relativamente ao Museu em si, e tendo em conta que, regra geral, é pago, acho um pouco desinteressante. Poderia ter mais informação teórica e outros dispositivos de dinâmica com o publico tanto adulto como infantil.

Há uns anos atrás, tive o meu primeiro contacto com este magnifico edifício, situado no Jardim das Amoreiras. Não fiz nenhuma visita guiada, fui directamente para o espaço do concerto, no coração do edifício. E fiquei deslumbrada. Ainda o concerto não tinha começado e eu já estava feliz da vida só à vista daquele espaço maravilhoso. Madeira, pedra, água a correr, claustros a perder de vista, luzes maravilhosas. A acústica é brilhante, o ambiente de sonho. Conjugação perfeita. Nunca um concerto, numa sala convencional me conseguiu comover como este. De arrepiar!