Pretérito Perfeito

Nesta casa voltei a lembrar bandas como Tangerine Dream e Camel que, em determinada altura, tiveram um papel marcante na minha juventude…
Confesso que gostava de ter tempo, espaço e dinheiro para me dedicar ao vinil mas não tenho e entrar nesta casa faz com que o desejo aumente tantos que são os álbuns, LP’s, que aqui há para conhecer e, principalmente, recordar.
Na impossibilidade técnica de lhes dar o devido uso, há CD’s o que, para alguém que gosta efectivamente do culto do objecto como eu, também guardam o seu valor.
O ultimo que aqui comprei foi o Apollo do Brian Eno. Um album com 30 anos e que não via desde que o usei como base para um trabalho na escola secundária.
Sim, nesta casa recordamos coisas…

É um viagem no tempo e o nome não podia estar mais certo. A decoração e ambiente da loja chama-​nos para aquele tempo que não os damos sempre a ouvir a nossa música. Entrei para me dar esse tempo e acabei por ficar mais de uma hora. A simpatia de quem atende só ajuda ao grande espólio de música que convida a vir mais uma vez.

Sou uma grande fã de lojas de discos e a Past Perfect, em Campo de Ourique, tem um lugar especial no meu coração. Foi aqui que comprei muitos dos meus cd’s de indie rock e de música brasileira. Gosto muito do espaço. É desafogado, está bem organizado e, na altura, quem estava atrás do balcão, percebia mesmo de música.
Para os mais fetichistas, esta é a loja perfeita para encontrarem a «aquele» vinyl que já há tanto tempo andavam à procura. Se acaso eles não tiverem na loja, sei que farão tudo para fazer chegar o vinyl-​fetiche às mãos do cliente melómano.