Casa Pélys

Livraria excelente, com uma selecção muito cuidada e repleta de edições bonitas, e com muitos objetos/​curiosidades de outros tempos. Os preços são sempre simpáticos, assim como o atendimento. Além disso, a Casa Pelys também tem uma boa dinâmica: há novos livros e objetos para nos encantar a cada visita. A montra, sempre curiosa, é bom exemplo disso! Um tesouro.

Sou uma cliente fiel desde os primeiros meses da loja. Entre a selecção literária cuidada (e em 2a, 3a, 4a mão) que adorna as estantes até ao tecto em ambos os andares e o bric-​à-​brac, do clássico ao kitsch, e sem esquecer tudo pelo meio. É um dos meus sítios favoritos para comprar livros e objectos decorativos para a casa… e uma paragem obrigatória para procurar presentes únicos.

Lembro-​me desta loja era ainda um fotografo, onde fui muitas vezes tirar fotos «tipo passé» para documentos oficiais e no inicio de cada ano lectivo. Com a fotografia digital esta casa començou a definhar e deu lugar a esta maravilhosa loja. Entrar na Casa Pely‘s é com abrir uma cápsula do tempo. é maravilhoso ver livros, brinquedos e uma enorme variedade de artigos que fizeram parte da minha infância. Nas estantes encontramos muitos livros… as colecções dos cinco e dos sete, os livros do Como Funciona, o livro dos Porquês, da Anita… jogos da Majora. Uma infinidade de artigos que nos fazem sentir já velhos. Artigos que agora viraram moda.
É uma experiência incrivel poder ver e rever os artigos expostos nesta loja…
Excelente loja.

Ao caminhar pela rua chamou-​me inicialmente a atenção uma cafeteira e logo ao lado outros tantos artigos vintage, atualmente tão na moda. Tentei ver o nome do espaço e procurando encontrei na porta um cartaz lindo, com um menino de outros tempos em cima de uns patins e pensei… este é um sítio especial. E entrei, sem me surpreender por entrar numa cápsula do tempo, para um mundo mágico onde livros antigos se misturam com brinquedos, malas antigas, pratos, peças de enxoval… e tudo aquilo que não consegui perceber. É uma loja de artigos em segunda mão e é uma caixinha de surpresas, para se ir descobrindo de visita em visita.

Já lá vai o tempo em que tinha de ver um filme de ficção científica para sentir, mesmo superficialmente, como é viajar numa máquina do tempo, retroceder umas belas décadas e descobrir outras roupas, outros objetos, enfim, outras vidas. Agora, basta dirigir-​me a Campo de Ourique e colocar os dois pés, firmes e hirtos, na Casa Pélys para, do nada, regressar a um tempo que nunca foi o meu.
Como assumido viciado em leitura, dirigi-​me logo a umas prateleiras com livros antigos, muito bem ordenados. Aí, tive mesmo de me controlar para não comprar todas as publicações que me apareciam à frente… Mas, a sério, alguém resiste a uma edição antiga do mítico (e tão atual) «1984», de George Orwell? Isto sem falar de coloridas coleções de histórias de duas meninas que são tão espevitadas como carismáticas: a aventureira Anita e a rebelde Mafalda.
Mas há muitos mais tesouros irresistíveis a descobrir. Um cavalinho de madeira, cartas românticas (com direito a setas no coração), o single «Yellow Submarine», de The Beatles, uma ventoinha e um telefone antigos… É claro que não me posso esquecer de um E.T., com uns olhos azuis tão comoventes que só pude satisfazer o seu pedido tão conhecido… e levei-​o para casa!
A Casa Pélys é, sem dúvida, uma casa da saudade. Chego a ter saudades de um tempo que nunca vivi.