A Padaria do Povo

Os azulejos da fachada convidam a entrar para espreitar o que esta popular casa esconde lá dentro mas o que eu gosto mesmo é do grande pátio interior com mesas e bancos de madeira por baixo de uma ramada. Vale a pena subir a escadaria íngreme para aceder ao espaço!
Os hambúrgueres são muito bons. E o menú do dia (sopa, prato, bebida e café) só custa 6,50 eur.
A decoração é vintage e o ambiente tranquilo e informal mas em dias de futebol é demasiado barulhento, fazendo jus à ocasião. Há duas salas, uma maior para não fumadores, com belos recantos onde se sugere o prazer da leitura e uma mais pequena onde se pode fumar. Normalmente, encontramos pessoas nesta sala de cartas na mão, numa competição animada. Ao lado, estende-​se o estreito corredor que desemboca para o pátio.
Os funcionários primam pela simpatia.

Revisitei padaria para ir ter com a minha prima mais nova e foi uma alegre visita e surpresa. Hoje em dia a padaria do povo está revisitada por jovens do bairro que aqui se encontram para estudar, conversar e aproveitar o ambiente colectivo e de comunidade a preços baixos e ambiente histórico. Soube bem, soube a bairro. Tomei um café demorado e muitas fotografias do espaço que renasce de forma linda.

Com 109 anos de história, a Padaria do Povo merece ser apreciada só pela fachada. É um edifício de grandes dimensões, imponente, com uns bonitos painéis de azulejos no topo.
Estive aqui, pela primeira vez, para assistir a um concerto. Na época, recordo ter ficado impressionada com o espaço, mas também desiludida com a sua decadência. A Padaria acabaria, efectivamente, por encerrar, voltando a abrir, em Setembro deste ano, como restaurante e café.
A ementa, carnívora e bem portuguesa, não me chama, no entanto, para uma visita, sendo que o estabelecimento está também muito posicionado para o convívio em dias de futebol, outra coisa que não me atrai.
Seja como for, tenho em mente uma visita, para eventualmente beber um chá, e ver o que foi feito deste bonito e histórico espaço.