Salve Jorge, salve! A cervejaria, na histórica Praça Antonio Prado, é deliciosa. A atmosfera do bar é inebriante, com milhares de garrafas de Original penduradas no teto, contrastando com lustres de cristal, lousas com dizeres populares de boteco, outras com alarde para o galeto, a especialidade da casa grafada em giz nos quadros. O piso não poderia ser outro: quadriculado em preto e branco, o tapete vermelho dos botequins. No centro paulistano, o Salve Jorge é uma casa imensa de dois andares, situada diante da Bolsa de Mercadorias & Futuros. Mas a partir das 18:00, no grid de largada do happy hour, a seriedade dos ternos e tailleurs dá lugar para a diversão, as risadas altas e os brindes e salves ecoando pelas rodas de amigos. Salve Jorge faz jus ao nome, com vivas a São Jorge, Jorge Amado, Jorge Ben, Jorge Aragão, Seu Jorge, Jorge Mautner, e os primos George Clooney, George Burns, George Orwell, entre tantos outros. É um verdadeiro castelo de Jorges. A cerveja Original, por R$ 6,00 a garrafa, é servida trincando em um balde de gelo. Apesar de o carro-chefe da casa ser o galeto, experimente o escondidinho de carne seca, é divino. Um jantar farto para dois pode sair por R$ 60,00, e vale cada centavo. É um prazer visitar o Salve Jorge, porém, fique de olho no relógio. Se não ficar, os garçons irão alertá-lo. Como a casa está no centro, uma área crítica após um certo horário, o Salve Jorge fecha as portas cedo diferente de sua matriz, na Vila Madalena. Se estiver de metrô, lembre-se que a estação São Bento fica aberta até a meia-noite até a 1:00 excepcionalmente aos sábados. Mas, a bem da verdade, não dá vontade de ir embora nunca.