Estação SN Sra. de Fátima-Sumaré – Metrô

Adoro a Estação Sumaré por várias razões mas a principal é que fica em frente a minha casa.
Esta estação recebe metrôs da linha verde em direção a Vila Madalena ou ao Alto do Ipiranga. A decoração e style é linda, fotografias com vários rostos e palavras diferentes, acho bem bacana.
Ao lado da estação está o Unibes Cultural (antigamente Casa de Cultura Judaíca) com shows, exposições e mais. Dá pra caminhar até pinheiros ou para a Vila Madalena. Os funcionários são simpáticos e prestativos.
Se vier à noite ou nos fins de semana pode ver pessoas descendo o viaduto de rapel — da hora!

Minha estação preferida do metro de São Paulo! Mas por que? Porque a plataforma é suspensa e as paredes são de vidro, o que te proporciona uma vista diferente da cidade enquanto anda de metrô (e pega rapidamente aquele sinal do 3G!). As paredes de vidro são uma obra de arte, composta por vários rostos comuns. A estação é muito limpa e por estar próximo ao terminal Vila Madalena, os trens costumam ter muitos assentos vagos.

Uma das poucas estações que eu vi que não são subterraneas (e são do Metro). Além disso, uma coisa interessante são as fotos das pessoas na parede de vidro para o lado de fora, o que é bastante interessante e instigante caso você tente parar e ver vem a expressão de cada um enquanto espera o trem (o que por acaso não é muito tempo).
Apesar de só ter ido nesta estação duas vezes, uma vez pois o idiota aqui errou o lado que ele deveria ir e outra vez para ir de lá até o hotel que eu estava, umas 2 estações de distância, achei ela bem legal e interessante.
O acesso é bastante fácil e quando eu estava passando por ela uma das vezes, para embarcar, tinha um pessoal fazendo rapel bem nas escadas do lado de fora. Curioso e interessante.

Ah, esses painéis são um alívio para a vista cansada de tanto preto e cinza em Sampa. É um sinal de que há vida na cidade e os seres que a habitam desejam ser mais leves que as pedras que os rodeiam. Desejam sorrir, amar e inalar poesia ao invés de fumaça, como em outros tempos. Aqueles que nem nossos pais se lembram mais. Nem os almoços de domingo terminam mais com aquelas histórias de mil novencentos e antigamente porque a poesia se perde em meio a correria pré-​programada do dia que está por vir. Mas quando o trem se aproxima da plataforma, é possível ver cor, luz, sol, nuvens. O túnel tem significado. Há humanidade em meio a selva. A iniciativa de dara cidadãos a oportunidade de mostrar sua arte e transformá-​los em algo superior é o que dá esperanca a inúmeros outros, de se lembrar de que também são mais do que corpos correndo e se amontoando no metrô, na hora do rush. Os painéis deviam ser perpetuados, disseminados como veneno bom, que atacam muros, se alastram por viadutos, invadem prédios, sem direito a antídoto. Quem sabe não conseguiríamos acordar pela manhã sem esse sentimento ambíguo de amar e odiar uma cidade, se esta apresentasse por todos os lados o sentimento que temos dentro de nós?

Uma tendência que está em curva ascendente já faz algum tempo e que eu acho muito bacana é o fato das artes, plásticas e outras expressões, transcenderem o espaço que lhes é natural e ganhar o meio urbano. E no caso das artes plásticas, temos grandes exemplos de que, ao mesmo tempo em que ela já é tão formal, deixou ou está deixando os espaços museológicos para ganhar as ruas. Coisas da pós-​modernidade. É impossível que todo mundo que já passou pela Estação Sumaré não tenha reparado num conjunto de painéis alocados na sua plataforma, nem que seja de lambe-​lambe. Pois é, esses painéis foram elaborados em 1988 por um artista plástico chamado Alex Flemming e retratam pessoas comuns, do cotidiano. E fundido às fotos estão poemas com as letras embaralhadas de Gregório de Matos, Cecília Meireles e outros. Legal, né? Então, para quem já viu mas não sabe bem do que se trata, taí a dica para o dia em que, quando houver um tempinho, descer na estação e apreciar as obras com mais calma. Para quem nunca viu, é uma boa oportunidade de conhecer!